terça-feira, 8 de junho de 2010

Confusão

Dia 09 de junho, quarta-feira agora completo 17 anos e ao fim do ano concluo uma parte das minhas responsabilidades, que é concluir o ensino médio e o curso técnico, durante todo essa trajetória eu venho de muitas cobranças de minha mãe em relação ao mundo profissionalizante, o que devo seguir e o que devo prestar. Mas quando é dito a ela que meu mundo, que minha fascina é a música, o assunto acaba gerando muita polêmica, não só ela, mas familiares, colegas e até amigos (Marinna) criticam a minha opinião, que ainda não citada, que é, ter um sonho, viver de música e poder investir agora que sou novo.
Entendo muito o lado da minha mãe querer que eu faça alguma faculdade pra que depois eu possa realmente fazer aquilo que eu gosto, as vezes acho que ela tem medo que eu não suporte a pressão ou que algo no caminho possa dar errado, mas sou muito confiante no que quero e com muita vontade eu vou chegar lá. Pra começar, muitas das vezes deixei o ensino médio de lado pra estudar teorias musicais, composições, e etc, e tive péssimos resultados no boletim escolar, mas de um lado tive o benefício e um mero sucesso com a música.
Eu não sou profissional da área, não sou foda, não me exponho, corro atrás, mas de que adianta de muita política pra chegar a um bom lugar, se muitos não ajudam?
O que eu quero dizer é, muitos no brasil tem grande nome fora e aqui, mas vive dizendo que o povo brasileiro tem capacidade de chegar longe.
Mas meus filhos, nós não temos todo esse Q.I. (quem indique) que vocês tem e muito menos esse rabo largo que vocês tem, se fossem um pouco mais amplos teriam a brilhante idéia de nos ajudar. Falo isso porque vejo muita galera de muito talento que produz num pc caseiro de uso coletivo, mas que cria um som maravilhoso, o cara se fode pra produzir com esse pc e manda pra um selo comentar sobre a track, e o que ele leva de volta? um foda-se, sua track ta boa, mas falta isso, aquilo, masterização e o caralho a quatro. eu entendo que esses caras são muito ocupados e insaciáveis, mas o que custa falar algo a mais, ajudar, pedir a track pra masterizar? Porra DJ!
Infelizmente eu e muita galera que sempre está comigo sofre ou ja sofreu com isso, hoje ja nao sofro tanto porque tenho grandes amigos que ajudam e que apoiam.

Agradeço ao DavesDvs pela paciência que ele tem comigo e a galera da 0DB Record's pelo suporte dia-a-dia!

@fepatcho

sexta-feira, 4 de junho de 2010

A vida é feita de som e fúria

tenho em mãos uma edição antiga da DJ MAG com uma reportagem super interessante escrita pelo nosso modesto revolucionário Dudu Marote, onde ele cita o título como "A vida é feita de som e fúria. Não apenas leia, mas escute o que esse manifesto diz."

" Porque Gui Boratto poderia ser apenas um produtor de música muito comercial, como foi durante muitos anos. Eu sei lá se foi em São Francisco, onde morou por um tempo, ou em São Paulo mesmo, ou se quando a filha nasceu, mas algo disse a ele: é necessário fúria. foi esse o momento em que Gui deixou de ser apenas um maestro do Logic e da síntese subtrativa e resolveu ser Gui Boratto. E o que é Gui Boratto? Eu ja ouvi as mais definições. De driblador das tendências até o pejorativo emotechno. Gui Boratto inventou o próprio som e, mesmo contra toda a corrente que nunca o aceitaria como produtor de sucesso no começo da carreira, foi lá e THÉNG!, bateu o sino. E bateu o sino. E bateu o sino. É o som. É a fúria. [...]

Porque fazer música é muito mais do que junta alguns beats. Muito mais do que remixar o artista favorito. Muito mais do que achar um sample genial. Fazer música, especialmente música eletrônica, é fazer as pessoas sentirem emoções profundamente. [...] Pra isso, é fundamental soar único. Pode até se aproximar de uma família de sons e de produtores para se encaixar nos sets dos DJs, mas você só vai se destacar se soar apenas como você mesmo. [...]

Toque, mesmo sem saber tocar. Conheça a história da música eletrônica e de produção. Os sons podem tanto ser aqueles 8 bits vindos do jurássico computador Commodore Amiga, como um super hitech, vindo da sensacional bateria do Logic Ultrabeat. Não fique apenas nos patches de fábrica. Não adianta escolher na Ultrabeat o kit "House" e mandar ver. Isso qualquer mané faz. Tu é qualquer Mané? [...]

Quando for gravar você mesmo tocando, não censure as suas idéias, Grave, grave, grave, grave e improvise, não pense se funciona. Vá tocando e gravando. Só edite no dia seguinte. Ou dali a algum tempo. Só quando se soltar totalmente, você vai chegar ao seu mais íntimo "eu" e, finalmente, chega a uma idéia que valha alguma coisa. [...] Os peixes grandes não são fáceis de pegar. Você demora a pegá-los, tem que saber as técnicas e tem que ir bem no fundo. Porque um track, uma faixa, uma música, pode ser muito mais do que um track, uma música. Enfim, seja você mesmo e despeje toda sua fúria no seu sequenciador fovorito."